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Crítica - Meu Malvado Favorito 3 | INVADER

Crítica – Meu Malvado Favorito 3

Meu Malvado Favorito 3 consegue fazer jus à franquia. É um filme divertido, leve e que nos faz sair da sala do cinema com um sorriso no rosto. Um filme que vale à pena seu tempo, ingresso e pipoca, ainda que você seja velho e barbado.6 min


[SEM SPOILERS]

Quando chegou aos cinemas em 2010, Meu Malvado Favorito foi uma grata surpresa ao público e crítica. A improvável história de um vilão que encontrou a redenção através do amor de três fofas filhas adotivas chamou atenção por sua trama bem elaborada, simples mas profunda e uma verdadeira montanha-russa emocional, que alterna entre momentos hilários, fofinhos e até mesmo dramáticos. O sucesso do filme rendeu um spin-off , Minions, que mesmo sendo duramente mal falado pela crítica, ultrapassou a barreira de 1 bilhão de dólares em bilheteria mundialmente.

Depois de uma sequência com 970 milhões de dólares arrecadados, agora, Meu Malvado Favorito 3 vem com peso da cobrança do sucesso das produções anteriores, tanto nas bilheterias quanto na trama, já que muitos acreditam que uma hora a criatividade chegaria ao fim. Afinal de contas, nós já vimos Gru como um vilão solo, Gru agindo como pai, Gru encontrando uma namorada… o que mais faltava para ser explorado nesse narigudo?

Bem, nessa nova trama, Gru encontrando seu irmão gêmeo perdido parece uma solução fácil e pouco inovadora para continuar lucrando em cima do sucesso da franquia, algo bem clichê de continuação de filme dos anos 80. No entanto, o argumento raso é eficiente no decorrer da animação pelo jeito que é explorado. Por falar nisso, os aspectos técnicos da animação estão impecáveis.
O desenho já era visualmente agradável em 2010, saindo do estilo “Pixar/Disney”, mas suas continuações vêm aprimorando o que já era bom, exaltando as características dos personagens e deixando-os cada vez mais humanizados.

A duração do filme também contribui para o seu êxito. É notável como todas as produções da franquia conseguem manter a duração dos filmes entre 90 e 100 minutos. Logo, o filme que não tem muito fôlego, tanto pelo gênero, quanto pelo argumento, acaba não criando uma barriga por ser dinâmico. Porque, caro invasor, convenhamos que por mais que você idolatre esse universo, seus filmes não possuem uma temática que exige um desenvolvimento lento e que explore todas as nuances do assunto. É uma aventura infantil e só, mas isso não é ruim. Prova de seu dinamismo é que Meu Malvado Favorito 3 começa em uma divertida e frenética cena de ação, ditando o ritmo que acompanhará todo o resto.

Na história, Gru e Lucy já estão estabelecidos como um casal de elite da Liga Anti-Vilões e são enviados em uma missão para capturar Balthazar Bratt, que planeja roubar o maior diamante do mundo. Além da ação que se faz bastante presente ao longo da produção, a comédia também foi colocada no ponto certo. Os Minions e as garotas estão lá como o apelo fofinho e cômico para as crianças, mas o filme também está recheado de piadas e referências para o público adulto. Assim, os pais também encontrarão uma diversão que converse com eles, enquanto acompanham os pequenos nos cinemas. Referências estas que são um dos diversos pontos altos do filme. O filme brinca com outras animações como Procurando Nemo, além de fazer referência a vários elementos da cultura pop como Star Wars (Han Solo na carbonita) e Elvis Presley. Por falar no Rei do Rock, a música também é um ponto chamativo. Destaque para as canções de bandas como A-ha e Dire Straits que embalam as cenas de ação do vilão.

O filme possui fortes inspirações nos anos 80. Assim, tanto o visual do vilão – uma clara referência a Prince – como seus passos de dança inspirados em Michael Jackson e os brinquedos apresentados em sua base “secreta” são uma verdadeira caça ao tesouro para os mais velhos. Realmente os filmes andam surfando na onda de músicas e referências nostálgicas cada vez mais. E falando no vilão, Balthazar Bratt consegue cumprir sua função de forma surpreendente. No passado, Balthazar era o protagonista de um programa de TV de sucesso em que interpretava o malvado Bratt. Mas o tempo passou, o garoto cresceu e deixou de ser adorável. Com isso, a audiência do programa caiu e Balthazar perdeu seu emprego. Assim, Bratt passou a confundir sua personalidade com a do personagem e acabou se transformando em um vilão de verdade. Com gírias e trejeitos diretamente do túnel do tempo, o vilão é bastante carismático, mas, apontando algumas falhas do filme, em alguns momentos suas motivações e seus atos parecem incoerentes com seu grande objetivo final. Antes que você reclame, claro que um filme infantil não precisa justificar as ações megalomaníacas de um vilão que usa um terno roxo com ombreiras e ostenta um bigodão e mullets. Mas parece que a solução final foi extremamente simples depois de toda a construção do filme.

As garotas marcam presença em algumas tramas secundárias muito interessantes, mas uma das melhores histórias paralelas é de Lucy. Apesar de ser uma super agente altamente treinada, ela está vivendo a experiência de ser mãe pela primeira vez, algo que a deixa extremamente desconfortável. Nisso a duração do filme pode ter sido um empecilho. Nós ficamos com aquela vontade de ver mais momentos de Margo e Edith. Por mais que as garotinhas já tenham tido um filme inteiro para desenvolver suas personalidades, é natural que o público se interesse em ver mais delas, afinal de conta elas também dividem o protagonismo com Gru. Também seria interessante ver o desenvolvimento da relação entre as garotas e Lucy, já que temos a sensação de que a trama foi um pouco acelerada para caber dentro da história.

E é claro, não posso esquecer de falar dos Minions! Confesso que um dos meus receios fosse que os personagens acabassem roubando mais atenção do que deveriam. Os Minions foram divertidos no primeiro Meu Malvado Favorito, mas quando o estúdio percebeu que o público gostou dos monstrinhos passou a forçá-los em momentos onde nem mesmo eram necessários. Neste terceiro filme, o papel deles é bastante reduzido, chegando a ser descartável, mas se faz presente o suficiente para arrancar risadas das crianças. Em uma trama secundária que tinha até mesmo mais potencial para se explorada, mas que também foi solucionada de maneira preguiçosa, os Minions se cansam da vida tranquila de Gru e decidem iniciar um verdadeiro motim.

Sobre os irmãos, digo a verdade quando afirmo que eu não esperava nada dessa trama. Os trailers não me convenceram e eu realmente fui ao cinema esperando uma trama bobinha e enfadonha que simplesmente entretivesse as crianças. Mas o relacionamento entre Gru e Dru é extremamente divertido. Eles se complementam ao melhor estilo Yin-Yang ou até mesmo em uma dinâmica Spy vs Spy, produção que é referenciada durante os créditos finais. Gru deixou seu passado como vilão para trás, enquanto Dru quer se tonar um perigoso malfeitor. Pode parecer a mesma história do filme anterior se repetindo, mas o modo como a ideia é desenvolvida se dá de maneira muito mais interessante e sua conclusão também é divertidíssima.

A dublagem, principalmente de Leandro Hassum, também merece destaque. Toda a equipe mandou muito bem, inclusive Evandro Mesquita na voz do vilão Balthazar Bratt, mas é notável a evolução de Hassum no papel, deixando o resultado final ainda mais interessante.

Por fim, Meu Malvado Favorito 3 consegue fazer jus à franquia. Na verdade, ainda o considero melhor que o segundo filme e, é claro, muito superior ao filme dos Minions (sério gente, eles são fofos, mas que filminho desnecessário). Por mais que a saga não tenha uma história antiga nos cinemas, o filme consegue resgatar o espírito da primeira animação com maestria e manda para longe a maldição do terceiro filme. É um filme divertido, leve e que nos faz sair da sala do cinema com um sorriso no rosto. Um filme que vale à pena seu tempo, ingresso e pipoca, ainda que você seja velho e barbado.

NOTA: 8,0

 

INFORMAÇÕES
Título: Meu Malvado Favorito 3 (Despicable Me 3)
Direção: Pierre Coffin e Kyle Balda
Duração: 90 Minutos
Lançamento: Junho de 2017
Elenco: Steve Carell, Kristen Wiig, Trey Parker, Miranda Cosgrove, Dana Gaier e Nev Scharrel.

 


Ton Borges