Crítica – Mr. Robot: 2ª Temporada

A segunda temporada de Mr. Robot não foi tão impactante quanto à primeira, mas mesmo assim o show se mantém e continua sendo uma das melhores séries da atualidade...3 min


SEM SPOILERS

O final da primeira temporada de Mr. Robot deixou mais perguntas no ar do que respondeu. A segunda temporada respondeu uma boa parte delas e levantou mais algumas.

A segunda temporada de Mr. Robot tinha um grande desafio pela frente: o hype estava muito alto por conta do final surpreendente que a primeira teve com a revelação que o Mr. Robot e Elliot são a mesma pessoa, o desaparecimento do Tyrell, Angela indo trabalhar para a E-corp e a pessoa misteriosa que foi até a casa do Elliot no final do episódio.

A segunda temporada foi diferente do que todos esperavam. Ela começa com Elliot tentando diminuir a força que Mr. Robot tem sobre ele. Agora ele está morando com sua mãe, se afastou de qualquer tipo de tecnologia, está seguindo uma rotina e anotando tudo que faz para ter certeza que Mr.Robot não fez nada. Isso gera uma disputa entre os dois para saber quem vai ficar no comando. Enquanto isso Darlene assumiu o comando da Fsociety,  Angela continua trabalhando na E-corp e Tyrell continua desaparecido.

A trama não foi agitada como todos pensavam que seria; ela foi como uma partida de xadrez, cada episódio era um movimento. O ritmo da temporada foi bastante corajoso por ser lento e trabalhar muito mais os personagens do que a trama em si. Falando em personagens os novos personagens dessa temporada só agregaram qualidade para série. Os destaques ficam por conta de Craig Robinson, conhecido por ser comediante e cantor, mas aqui interpreta Ray, um cara que tenta se aproximar e ajudar Elliot com seus problemas, mesmo sem saber que envolvem o Mr. Robot. O outro destaque fica para Grace Gummer que interpreta a agente do FBI Dominique DiPierro, que está investigando o hack da E-corp.

Do elenco regular quem teve bastante destaque e bom desenvolvimento foi BD Wong que já interpretava White Rose e que foi revelado que seu personagem também possui uma outra grande importância, Michael Cristofer como Phillip Price, o CEO da E-corp, que nessa temporada colocou as mangas de fora, Portia Doubleday a Angela, que viveu uma montanha russa de decisões e acontecimento e Carly Chaikin a Darlene, que precisou assumir o controle de tudo enquanto Elliot estava fora.

O ponto fraco, que nem pode se afirmar que é fraco nessa temporada, pela série ter poucos episódios, é de se entender que o espectador espera por muitas coisas acontecendo na trama.

Percepção aos detalhes pode muito bem definir um grande plot twist da segunda temporada de Mr. Robot, uma grande revelação acontece no episódio 7. Ela foi percebida por alguns fãs que, bem antes do episódio ir ao ar, já haviam compartilhado suas teorias. E dessa vez Sam Esmail não usou de artifícios narrativos para esconder como foi na primeira temporada com a crise de abstinência do Elliot. Uma grande sacada foi mostrar que o mundo não se tornaria um mar de rosas com todos felizes só porque não existe mais dívidas.

A segunda temporada não foi tão impactante qu17100anto à primeira, mas mesmo assim a série continua sendo uma das melhores atualmente. A segunda temporada de Mr. Robot leva nota 9,0.

Nota: 9,0

 

INFORMAÇÕES
Título: Mr. Robot
Temporada: Segunda
Episódios: 12
Duração: 41/65 Minutos
Gênero: Drama, Suspense
Criação: Sam Esmall
Produção: Igor Srubshchilk e Christian Slater
Elenco: Rami Malek, Carly Chaikin, Portia Doubleday, Martin Wallström, Christian Slater, Michael Cristofer, Stephanie Corneliussen e Grace Gummer.