Dia 17 de maio do ano de 2017. Um dia inesquecível com bastante agitação depois de uma notícia que causou bastante burburinho nas redes sociais. Não, eu não estou falando da delação da JBS contra o Temer. Estou falando da série que sairá oficialmente na Netflix do bruxão que você respeita, da franquia que não fez só sucesso como obra literária, mas como jogo de videogame. Finalmente teremos uma série (de alta produção) de The Witcher!
Antes de começar de fato, vale lembrar que o canal Página por Página realizou uma Live no YouTube discutindo a respeito, então esse texto será um resumo dessa discussão com alguns complementos. Assista ao vídeo completo abaixo:
As informações sobre a série que já temos que são relevantes são que o autor de The Witcher, Andrzej Sapkowski, participará da produção como consultor de roteiro, já que a série terá base nos livros e não nos jogos. A segunda certeza é que Tomas Baginski, que dirigiu os vídeos introdutórios de todos os três jogos de The Witcher, vai dirigir ao menos um episódio por temporada.
Então vamos estabelecer o que não pode faltar nesta série para fazer jus à grande história que é The Witcher.
Uma série +18
Grandes produtoras se sentem menos confortáveis de trabalhar na classificação +18 pois sabem que não conseguirão agarrar o maior público possível, mas aqui é uma questão de necessidade. Obras como Game of Thrones não teriam o mesmo impacto se não tivessem uma produção mais adulta, que refletisse bem a obra literária de George R.R. Martin. The Witcher retrata um mundo sujo e vil, mostrando a natureza humana de forma bem impactante e natural, ou seja, só sendo +18 para essa estética ter alguma coerência como é nos livros.
Os contos são fundamentais!
The Witcher foi publicado inicialmente como uma série de contos em 1986, sendo que o primeiro e segundo volume são os copilados dos mesmos (O Último Desejo e A Espada do Destino). A partir do terceiro volume, O Sangue dos Elfos, foi criado um romance dentro do universo estabelecido anteriormente pelos contos. Alguns contos estão relacionados diretamente ao romance de maneira que se torna inviável a total compreensão da narrativa. Portanto, a série tem que retratar de algum modo (flahbacks, por exemplo) alguns ocorridos nos contos para enfatizar certos elementos da história.
Não mudem os personagens!
Um diferencial de The Witcher em comparação com outras obras de fantasia é a forma como ele trabalha seus personagens. Se você retirar o fator “fantástico” da narrativa como magia, monstros e outros elementos sobrenaturais, mas mantendo o cerne daqueles personagens, ainda teríamos uma literatura de qualidade. Os laços e conflitos que criam e desenvolvem ao longo da história, espelhados em suas individualidades e humanidade, faz o leitor se sentir tão íntimo daquelas personagens quanto você é íntimo do seu cão ou gato. Então não ousem mudar as características pessoais de personagens tão incríveis, ouviu Netflix?
Se todos estes pontos forem respeitados e o Sapkowski for tão exigente e cauteloso no roteiro como foi nos jogos, poderemos testemunhar o nascimento de uma série tão impactante e excepcional quanto Game of Thrones. Mais informações vocês encontraram aqui no grupo Invader.