[SEM SPOILERS]
Sabemos que a indústria de animes consegue elevar a capacidade humana de criar a mais bizarra proposta de enredo possível sem perder a coerência mínima que nos aproxima de tal entretenimento, mas o que acontece se um brasileiro cai de cabeça nessa jogada? No Game No Life é um anime baseado na light novel de Yuu Kamiya (pseudônimo), nascido em Uberlândia, Minas Gerais. O anime foi lançado em 2014 e possui 12 episódios na 1ª temporada
Enredo: Os irmãos Sora e Shiro são inseparáveis, tanto no mundo real quanto no mundo dos jogos. Suas habilidades individuais combinadas fazem deles uma equipe invencível. Um dia, depois de derrotarem um misterioso adversário em um jogo de xadrez online, os irmãos recebem a oferta de seu oponente para renascerem em seu mundo, Disboard – um mundo de fantasia, onde tudo é determinado através de jogos. Quando eles aceitam a proposta, Sora e Shiro são convocados para Disboard pelo o Deus daquele mundo, Tet, e começam a conhecer seus adversários, as dezesseis raças do Disboard, conhecidas como Exceeds. Porém, nesse mundo não existe nenhum tipo de violência, sendo um lugar onde tudo é resolvido através de jogos, contando que esses jogos não vão contra os dez mandamentos feitos por Tet. Então, juntos, os irmãos começam a sua jornada para resgatar a raça humana fraca de Imanity e conquistar o mundo para, então, desafiar Tet para o título de Deus.
Por que vale a pena?
Existem dois aspectos em No Game No Life que o tornam um anime de qualidade única. O primeiro é a dupla de protagonistas, os irmãos Sora e Shiro. A dinâmica entre eles é muito bem entrosada e carismática, sustentando todo o aspecto cômico da série. Sora, o irmão mais velho, tem aquele espírito de malandro e a razão da sua existência é sua linda irmãzinha Shiro que, apesar de sua fofura, demonstra ter uma personalidade mais fria e focada que a de seu irmão.
Vemos aqui a fórmula do contraste ser executada muito bem. Sora é energético, canastrão e toma mais a iniciativa. Shiro é mais quieta e calculista, mas ainda mantém uma áurea de “garota fofinha” que faz muito marmanjo suspirar.
Antes de entrar no segundo aspecto, vale ressaltar a qualidade técnica de animação e direção do anime, produzido pelo excelente estúdio Madhouse, o mesmo de One Punch Man. As cores bem estouradas e vibrantes, a fluidez e boa trilha sonora faz No Game No Life ter um aspecto bem peculiar e chamativo, fazendo o telespectador imergir com facilidade no vasto mundo de Disboard.
Entrando no segundo aspecto: a criatividade e dinâmica dos desafios enfrentados por Sora e Shiro são os pontos que fazem No Game No Life se diferenciar na indústria dos animes.
Disboard, onde todos os conflitos são resolvidos através de jogos, cria um mar de possibilidades que a série explora de maneira extraordinária. Até um jogo “Pedra, Papel ou Tesoura” torna-se empolgante em No Game No Life.
Parte dessa estrutura deve-se aos protagonistas e como eles interagem com as regras desse mundo, sempre encontrando alternativas inesperadas para os desafios que parecem impossíveis de eles ganharem, fazendo você acompanhar até o fim sem saber o que eles vão aprontar.
Então se você procura diversão alinhada com bastante originalidade e personagens carismáticos, No Game No Life é a jogada perfeita.