A E3 já passou e nos fez lembrar o quão é ruim não ter dinheiro. Muitos jogos foram anunciados e tiraram suspiros alheios dentro e fora desse grande evento, com streaming das conferências transmitidas para todo o globo. Mas um jogo em particular deu o que falar e se destacou dentre os demais. A Nintendo, que explora seus grandes títulos como Pokémon e Mario Bros. até o último centavo, apostou em umas das mais renomadas franquias que completa 30 longos anos de existência. Peguem seus gorrinhos verdes e preparem as rupees de suas carteiras pois The Legend of Zelda – Breath of the Wild promete ser grandioso.
Todo esse burburinho deve-se a longa trajetória das diversas evoluções que a série Zelda sofreu, mas sempre mantendo o cerne da aventura épica que conquistou milhões de fãs das mais diversas gerações. Em 2011, em consideração ao grande carinho dos amantes do herói do gorro verde, a Nintendo lançou junto ao último jogo até então (Skyward Sword) um livro comemorativo aos 25 anos (agora já são 30) de aniversário da franquia Zelda naquele ano onde finalmente a história ligando todos os jogos até então lançados é oficialmente publicada.
Saiba que a equipe do InVader teve acesso a esse livro sem precisar de atividades ilícitas para conseguir (valeu Saraiva!) e resolvemos resumir o conteúdo deste material para que você compreenda toda a lenda e mitos por trás de todos os jogos de Zelda.
Primeiramente deve-se entender a ordem cronológica e como os jogos se interligam. A imagem abaixo ilustra bem como funciona:
Agora finalmente chegamos ao assunto principal desse post. O InVader resolveu trazer uma série de postagens relacionadas à Zelda explicando a importância e elementos de cada jogo dentro da cronologia, todos tirados diretamente da fonte original que é o livro. Todos os posts seguirão a ordem cronológica da linha do tempo, então começaremos a falar de Skyward Sword (2011).
Skyward Sword, que foi o último jogo lançado em 2011, também é o primeiro da cronologia. Muitos elementos que transpassam entre os jogos são explicados neste jogo como a origem da Master Sword e do ícone manto verde de Link. Mas antes de chegarmos a esse ponto, devemos retroceder eras atrás, quando o mundo estava mergulhado no mais puro caos.
A Criação: Em meio a um turbilhão de caos e desordem, três deusas abençoadas descem para estabelecerem o mundo como é hoje. Din, a deusa do poder, deu forma ao mundo. Nayru, a deusa da sabedoria, criou as leis e ordem da natureza. Farore, a deusa da coragem, criou os seres vivos para habitar aquele mundo.
Antes de partirem e deixarem seu mundo para trás, elas deixam a Triforce aos cuidados da deusa Hylia. Os motivos da Triforce ter sido deixado pelas deusas são desconhecidas.
A Sagrada Triforce: Não é explicado do que é feito e o porquê de sua existência. A Triforce funciona mais como um elemento simbólico dentro os jogos de Zelda sendo o objeto de poder e cobiça que alimenta o confronto entre o bem e o mal tão presentes na série (lembra o Um Anel de O Senhor dos Anéis). O poder da Triforce concede o desejo de quem a toca. Como ela não distingui bem ou mal, ela realiza tantos os bons quantos os maus desejos.
Para conseguir usar seu poder é preciso possuir um coração forte, uma inata habilidade e um equilíbrio entre as três virtudes das deusas douradas (poder, sabedoria e coragem). Se quem a tocar não tiver equilíbrio entre as três virtudes, ela se divide em três partes iguais. Quem a tocou fica com a parte que representa a virtude mais forte de seu espírito. As outras duas partes aparecem na mão de dois indivíduos, cada um representando umas das virtudes restantes.
A Era da Deusa Hylia: Não se sabe ao certo como funciona a hierarquia entre os deuses e a origem da deusa Hylia. Ela foi encarregada de proteger a Triforce e guiar os seres do mundo como uma líder, mantendo o equilíbrio entre os povos. Nesse período surgiu seres malignos, demônios, que estavam atrás do poder da Triforce. O Rei Demônio Demise tentou conquistar o mundo com seu poder sombrio e tinha como objetivo tomar a Triforce para si. Ele representa o puro mal encarnado e sua aparência varia de acordo com cada pessoa que olha para ele.
Hylia e Demise se confrontaram e essa batalha ficou conhecida como A Guerra Ancestral. Muitas vidas foram perdidas, principalmente de seu povo mais amado, os hylians, que se assemelhavam na aparência com a deusa. Para protegê-los, Hylia pegou todos os hylians remanescentes e os colocou numa porção de terra onde localizava o seu templo, cortou a terra e a mandou aos céus. Ela então manda a Triforce junto com seu povo que jurou protegê-la. Também mandou a sua Sky Sword e sua harpa para servirem seu povo e o herói escolhido.
O Herói Escolhido: Este mangá, que também se encontra no livro, conta a seguinte história: durante a Batalha Ancestral, um grande pássaro vermelho enviado pelos deuses estava à procura de um herói digno para ser seu mestre junto com Hylia. Ela também possuía a Master Sword no qual foi criado pelos deuses com o poder de banir todo o mal, mas que só podia ser manejado por aquele que jurasse proteger a humanidade com verdadeiro altruísmo e devia ser reforjada por esse escolhido.
Um forte guerreiro chamado Link se encontrava aprisionado na terra dos hylians pois o achavam forte demais, mas quando o lorde dos hylians morreu nas mãos do Rei Demônio Demise por conta da guerra e seu exército se encontrava nas portas de suas terras, os hylians remanescentes libertaram Link para ajudá-los nesse tormento. Hylia visita a terra dos hylians em busca do herói escolhido junto do pássaro chamado Loftwing.
O pássaro não achava nenhum hylian digno, mas Link disse que seu povo tinha coragem para enfrentar o mal que os aguardava. Hylia sentia a angústia de Link por ter sido aprisionado, mas achava que ele era digno de empunhar a Master Sword e disse que queria ajudar o seu povo os enviando aos céus e que o Loftwing iria guiá-los.
Link aceita a espada, a derrete e a reforja em chama ardentes, fazendo-a ficar como nova e mais poderosa. Durante sete dias e sete noites, o exército sob a tutela de Hylia e Link confrontaram Demise e seus demônios. Hylia tentou usar o poder da Triforce para destruir Demise, mas seu poder não poderia ser usado por um ser divino como ela.
Link confronta diretamente Demise, porém ele perde e quando estava prestes a morrer é resgatado pelo pássaro vermelho Loftwing que o aceita como mestre após observar todo seu esforço ao confrontar Demise. Link é convocado por Hylia que usou suas últimas forças para selar o Rei Demônio e mandar seu povo aos céus junto com a Triforce, cortando a terra com a Master Sword de Link, mas ela precisava de um pilar para sustentar as terras no firmamento.
Link então se sacrifica usando sua Master Sword como pilar e ficando para trás. Ferido demais por conta da luta contra Demise e Hylia fraca por ter usado seu poder para selar o Rei Demônio, ela e Link perecem abraçados.
A deusa, em seus últimos suspiros, diz que iria retornar para seu herói como uma simples humana e que mais uma vez eles deviam renascer para enfrentar o mal.
O Enfraquecimento do Selo e a Tribo Sheikah: Hylia sabia que o selo iria enfraquecer e que o mal poderia mais uma vez surgir para inundar as terras com sangue como na Batalha Ancestral. Então, ela encarrega a tribo Sheikah de vigiar e tomar conta do selo até que ela retornasse revivida para fortalecer o selo mais uma vez. Impa, líder da tribo, se encarregou diretamente dessa tarefa.