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5 filmes ganhadores do Oscar para assistir na Netflix | INVADER

5 filmes ganhadores do Oscar para assistir na Netflix

6 min


A cerimônia de número 88 da história do Oscar acontece no próximo domingo (28/02) com toda a expectativa que apenas o prêmio entregue pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas consegue gerar. Desde 1928 ganhar o Oscar virou sinônimo de qualidade e relevância, colocando o vencedor na história da sétima arte. Embora o prêmio não seja justo e sim político, é impossível negar a influência que o Oscar tem na indústria cinematográfica.

Já são 87 cerimônias do Oscar, com diversos filmes e profissionais premiados. Para iluminar a vida de você, leitor, a equipe do InVader vai te indicar cinco filmes ganhadores do Oscar de Melhor Filme para assistir no serviço de streaming mais usado mundialmente: a Netflix. E não serão quaisquer ganhadores, mas longas que de fato mudaram o cinema e ainda são lembrados anos depois de seus lançamentos. Na mesma proporção em que a Academia premia longas perfeitos como O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2003), ela premia filmes que serão esquecidos um dia depois da cerimônia como Shakespeare Apaixonado (1998). Lembrando que o catálogo da Netflix é dinâmico, fazendo com que muitos títulos entrem e saiam com o tempo. Portanto, não se assuste se estes títulos que serão citados a seguir não estiverem disponíveis quando você for assistir em um futuro próximo.

5º Lugar – Gladiador (Gladiator, 2000)
Direção: Ridley Scott
Duração: 155 Minutos 
Elenco: Russell Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen e Richard Harris.
Sinopse: O general Maximus Decimus Meridius (Russell Crowe) é traído pelo Imperador Commodus (Joaquin Phoenix), fazendo com que ele seja vendido como escravo. Maximus inicia sua jornada como gladiador, com a esperança de que um dia consiga lutar no Coliseu, conquistar sua liberdade e, principalmente, se vingar daquele que destruiu sua vida.

 
Uma dos maiores épicos recentes, Gladiador merece destaque pela recriação histórica do período em que se localiza. Desde os palácios romanos, passando pelas pequenas arenas dos gladiadores até chegarmos no imponente Coliseu, tudo é recriado com tamanha riqueza de detalhes e qualidade que o espectador se vê maravilhado com tudo aquilo que está vendo e sua imersão na narrativa é absoluta. Soma-se a isso um elenco afinado e homogêneo, sendo que Russell Crowe estava no seu auge físico e artístico e Richard Harris estava nos entregando uma de suas últimas grandes interpretações no cinema. Para finalizar, o vilão que é facilmente detestável e cuja antipatia ele já garante nos primeiros minutos da história ao se mostrar menos digno do cargo de Imperador do que Maximus, o real dono do posto. Um filme eficiente, enérgico, redentor e visualmente deslumbrante, Gladiador marcou o cinema por nos proporcionar um épico no melhor sentido da palavra, gênero o qual a sétima arte estava carente havia alguns anos. 

4º Lugar – O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991)

Direção: Jonathan Demme

Duração: 118 Minutos 
Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Scott Glenn e Ted Levine.
Sinopse: Para prender um assassino perigoso, a agente em treinamento do FBI Clarice Starling (Jodie Foster) precisa entender como uma mente doentia funciona. Para isso, Clarice irá conversar com o famoso assassino canibal Hannibal Lecter (Anthony Hopkins), mas o o intelecto e a personalidade do prisioneiro acabam por intrigar ainda mais a futura agente do FBI.
 
Segundo livro publicado por Thomas Harris sobre o psicopata Hannibal Lecter, O Silêncio dos Inocentes é a adaptação cinematográfica mais famosa da série de livros. O que o espectador encara ao assistir ao filme é uma imersão na mente doentia do canibal, fazendo com que a simples presença do personagem em tela capte a atenção absoluta de quem assiste, hipnotizado pela melhor performance da carreira do veterano Anthony Hopkins. Se somarmos todas as aparições do ator no longa, chega-se ao inacreditável número de 16 minutos e o espectador pode jurar que o ator estava presente em pelo menos metade da projeção. Um feito de um grande ator transformar um personagem coadjuvante naquele que é mais lembrado anos depois do lançamento do filme. A história é perfeita, imersiva e dinâmica, sempre levando a agente em treinamento a dar o seu melhor para capturar o assassino antes que a situação piore. O filme se sustenta basicamente com duas ótimas interpretações e uma história interessante, fazendo com que o embate de personalidades entre Hannibal e Clarice garanta alguns dos grandes momentos da sétima arte.  


3º Lugar – Rocky – Um Lutador (Rocky, 1976)
Direção: John G. Avildsen
Duração: 119 Minutos 
Elenco: Sylvester Stallone, Talia Shire, Burt Young e Carl Weathers. 
Sinopse: O desconhecido Rocky Balboa (Sylvester Stallone) tem a chance da sua vida ao ser desafiado pelo vitorioso lutador de boxe Apollo Creed (Carl Weathers). Rocky irá treinar para a luta ao mesmo tempo em que irá tentar dar um rumo para a sua vida, como conquistar o coração da simples e tímida Adrian (Talia Shire). 

 
Rocky está estabelecido na cultura pop mundial como um ícone de superação e simplicidade misturado com uma força de vontade descomunal. Mesmo que não tivesse ganho o Oscar, o longa faria parte da história do cinema por diversos motivos, como ter sido escrito por um desconhecido (Sylvester Stallone), ter sido filmado com um orçamento irrisório mesmo para a época (US$ 1,1 Milhão) e por ter uma história de superação do homem comum cativante. Todos temos um pouco de Rocky Balboa, o ser humano convencional que trabalha durante o dia e tenta ser feliz fazendo o que realmente gosta de noite. Um dos maiores filmes sobre esportes já realizado, e com certeza um dos dois melhores sobre boxe competindo com Touro Indomável (1980), Rocky tem sequências de luta memoráveis, sequências de treinamento que todo mundo já viu alguma referência alguma vez na vida, uma trilha sonora sensacional e um elenco praticamente de desconhecidos à época. Um azarão que roubou o Oscar de Melhor Filme de Todos os Homens do Presidente (1976), mas que marcou a história do cinema pela simplicidade do que está sendo contado, mas onde foi colocado um coração gigante, do tamanho de Rocky. 

2º Lugar – Forrest Gump – O Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994)
Direção: Robert Zemeckis
Duração: 142 Minutos 
Elenco: Tom Hanks, Gary Sinise, Robin Wright e Sally Field. 
Sinopse: Criado desde pequeno pela cuidadosa Sra. Gump (Sally Field), Forrest Gump (Tom Hanks) cresce e, sob a sua visão e com a sua participação, a história de três décadas da história americana é contada enquanto Forrest está contando a sua própria história, que ainda envolve a sua amiga de infância Jenny (Robin Wright) e seu amigo Dan (Gary Sinise).

 
Um dos personagens mais carismáticos que o cinema já produziu, Forrest Gump capta a atenção do espectador desde o primeiro segundo de tela. Com seu jeito desastrado, sua fala cadenciada e uma inocência transbordante, Forrest leva o espectador a uma viagem intensa pela história dos Estados Unidos. Interpretado por um dos maiores atores da história, Tom Hanks, Forrest participa de momentos importantes e conhece personalidades histórias, tudo muito bem costurado através de ótimos efeitos especiais. Hanks entrega uma interpretação soberba, em que o ator some atrás do personagem, fazendo de Forrest alguém cativante pela sua falta noção sobre a realidade, mas seu imenso carinho para com o outro. Em seus 142 minutos não parece caber a quantidade de situações pelas quais o personagem passa e isso é mérito de um roteiro dinâmico e um longa bem dirigido. O que o espectador vivência é mais uma jornada do homem comum que se deixa levar pelo mundo, sem destino, cujo único objetivo é a descoberta do novo. Contando ainda com um elenco de apoio afinado e uma trilha sonora marcante, Forrest Gump cativa e emociona até o espectador mais duro.

1º Lugar – O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972)
Direção: Francis Ford Coppola 
Duração: 175 Minutos 
Elenco: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan e Robert Duvall
Sinopse: A vida da família Corleone em Nova Iorque é mostrada através da dinâmica entre Vito Corleone (Marlon Brando) e seus parentes. A influência e a abrangência da máfia italiana nos Estados Unidos são evidenciados pelas ações dos filhos Michael (Al Pacino) e Santino (James Caan), que seguem as ordens de seu pai enquanto tentam garantir a soberania de sua família no crime organizado.


Um dos maiores filmes de todos os tempos, O Poderoso Chefão é uma referência quando falamos de cinema em sua perfeição. Desde o elenco, passando pelo roteiro e trilha sonora e terminando no diretor, tudo em O Poderoso Chefão serve de exemplo para se fazer bons filmes. O que vemos neste longa é um ator em seu papel definitivo (Marlon Brando), uma história imersiva e reveladora, uma dinâmica entre personagens interessante e, principalmente, um retrato do tamanho da influência da máfia nas mais diversas esferas do poder americano. Algumas de suas sequências já são lendárias (a cabeça do cavalo na cama), algumas de seus diálogos fazem parte da cultura pop (‘Eu vou fazer uma proposta que ele não vai poder recusar’), sua fotografia na Sicília é lindíssima e o impacto na indústria de Hollywood foi imediato. Teve ainda outras duas continuações (1974 e 1990), formando uma das trilogias mais influentes da história do cinema.

Derek Moraes